segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Síndrome da Ardência Bucal



A síndrome de Ardência Bucal (SAB) ou da “Queimação Bucal” pode ser definida como uma entidade clínica caracterizada pela dor e sensação de ardor (queimação), localizada em qualquer região da mucosa bucal, sem q...
ue se possa detectar qualquer alteração ou lesão fora dos padrões de normalidade e com achados laboratoriais normais17. A sinonímia encontrada na literatura abrange distesia oral, estomatopirose, estomatodinia7. Nos casos onde a sensação de ardência é restrita à língua são utilizados termos como glossodínia, glossopirose ou glossalgia18.

A SAB é mais prevalente em mulheres após a menopausa acima dos 50 anos de idade5,6,13,17. Sua manifestação antes dos 30 anos de idade é rara11. Os sintomas mais comuns relatados pelos pacientes são: xerostomia6,13, paladar alterado6,13, sede13, sensação de queimação na língua17 e nos lábios13. Marcucci 200511,relata que a xerostomia é a queixa bucal secundária mais frequente entre os portadores de SAB, ocorrendo em cerca de 60% dos casos. As localizações mais afetadas são ponta, borda e dorso da língua, lábios e mucosa bucal13. Terci el al18 2007, cita ainda regiões como palato e rebordo alveolar superior. Mucosa jugal, assoalho bucal e orofaringe são localizações menos frequentes11.

Segundo Nascimento et al12 2006, a bilateralidade usual da sensação dolorosa, acrescida ao fato de não respeitar a anatomia dos nervos responsáveis pela degustação, são importantes indicativos para excluir-se uma neuropatia.

Nenhuma diferença significativa em relação à idade, sexo, tempo de duração da doença ou locais de queimação foi encontrada entre os indivíduos que apresentaram a remissão parcial ou total, comparados com aqueles que continuam com o problema17.

Não é incomum paciente portador de SAB relatar dificuldade para dormir à noite e queixar-se de sono interrompido. Relatos de mudanças de humor tais como irritabilidade e diminuição no desejo de relacionamento, podem ser relacionados com padrões alterados de sono17.

A ingestão de bebidas e alimentos em temperaturas muito quentes ou muito frios, agravam os sintomas de ardência e sensação de queimação da SAB, além de alimentos condimentados e ácidos16.

Silverman et al17 2004, afirma que a remissão parcial da SAB é observada em aproximadamente dois terços dos casos dos pacientes após período de 6 a 7 anos.

Fonte: Odontologia Diferenciada http://www.odontologiadiferenciada.com.br/?cont=ardenciabucal

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Funções da Polpa


Langeland (1982), com muita propriedade, relata as funções da polpa, que são: de formação, nutrição, sensorial e defesa.
Função Formadora:
O desenvolvimento da polpa é um processo gradual com variações individuais; assim sendo, não é possível estabelecer uma época específica para seu início.
O desenvolvimento também varia com o dente em causa. Todavia, em cada germe dental o desenvolvi-mento da polpa ocorre depois do crescimento da lâmina dentária para dentro do tecido conjuntivo e da formação do órgão dental.
Durante a invaginação da lâmina dentária no tecido conjuntivo ocorre uma concentração das células mesenquimatosas, conhecida como papila dental, diretamente abaixo do órgão dental. A papila dental torna-se nitidamente evidente por volta da oitava semana embrionária nos dentes decíduos anteriores, evidenciando-se mais tarde nos dentes posteriores e, ainda mais tarde, nos dentes permanentes.
A dentina é um produto da polpa, e a polpa, por meio dos prolongamentos ododntobláticos, é parte integrante da dentina.
Assim, quando uma cárie ou preparo da cavidade envolve a dentina , são envolvidos os prolongamentos odontoblásticos e a polpa.
A polpa produz dentina durante toda a vida.
Função Nutritiva:
Durante a fase de desenvolvimento o importante papel da polpa é o de promover nutrientes e líqüido tecidual para os componentes orgânicos dos tecidos mineralizados circunjacentes.
Os prolongamentos odontoblásticos começam nas junções dentina-esmalte e dentino-cemento e se estendem até a polpa, através da dentina. Esses prolongamentos constituem o dispositivo vital necessário ao metabolismo da dentina.
(Brännströn verificou que em pacientes adultos, esses prolongamentos ocupam apenas 1/3 dos canalículos dentinários, sendo o restante prenchido por líquido intersticial).
A despeito do estreitamento da câmara pulpar, que ocorre usualmente como resultado do envelhecimento e de calcificação patológica, a polpa conserva a vitalidade e sua circulação permanece intacta e funcionando.
Função Sensorial:
Uma das funções da polpa é a de responder às agressões com dor. Ela apresenta em seu interior terminações nervosas livres.
Função Defensiva:
Uma das funções da polpa é a de responder às agressões com inflamação.
Os irritantes, seja qual for a origem, estimula uma resposta quimiotática que impede ou retarda a destruição do tecido pulpar.
A inflamação, portanto, é uma ocorrência normal e benéfica. Todavia, também desempenha um papel destrutivo na polpa.
A polpa bem vascularizada tem surpreendente capacidade de defesa e recuperação.
A desintegração completa será o resultado final se os agentes nocivos forem suficientementes intensos e duradouros.
Como foi dito anteriormente, o movimento circulatório pulpar tem capacidade de remover o agente irritante.
Devemos ter em mente que se atuarmos em dentina, estamos atuando em tecido conjuntivo Complexo Dentina-Polpa e qualquer distúrbio em um, refletirá no outro.
O organismo humano está constantemente submetido a stress e podem ser de três intensidade:
Sub-fisiológico,
Normo-fisiológico
Supra-fisiológico.
No estímulo sub-fisiológico, que está abaixo do limiar de excitação, o organismo não responde.
O normo-fisiológico determina resposta fisiológica do organismo, adaptando-o à vida.
O supra-fisiológico desencadeará ruptura do equilíbrio, podendo levar o organismo à doença ou à morte
O tecido conjuntivo reage aos estímulos e o complexo dentina-polpa pode apresentar as seguintes reações: Caso o agente agressor, (cárie) estiver situado no esmalte, estará dentro do estímulo sub-fisiológico para o complexo dentina-polpa, e esse não responderá. ( é o que se conhece até agora).
O estímulo normo-fisiológico da mastigação, por exemplo, desencadeia à formação de dentina secundária regular, durante toda a vida do dente. É uma resposta fisiológica à um estímulo fisiológico.
Quando a agente agressor (cárie) estiver na dentina, mas sua agressão estiver dentro do normo-fisiológico, o complexo dentina-polpa reage fisiológicamente, lançando mão dos meios normais de mecanismos ativos de obliteração dos canalículos dentinários e formação de dentina secundária irregular (dentina reparadora).
Sabemos que todas as vezes que a cárie atinge a dentina, a polpa responderá, porque a dentina e a polpa forma um único complexo.
À medida que o estímulo vai passando do normo-fisiológico para o supras-fisiológico, a polpa lança mão de mecanismos de defesa cada vez mais intenos, até que, não resistindo mais, a morte desse tecido se estabelece.
Como já dissemos, na polpa, encontra-se apenas terminações nervosas livres, logo, sob qualquer estímulo (térmico, elétrico) ela só responde de uma forma: DOR.
Fonte: http://www.forp.usp.br/restauradora/polpa.htm

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

5 tipos de dentes



A nossa boca é composta por 5 tipos de dentes, com uma anatomia muito própria – conheça-os:
  1. Incisivos: temos 8 dentes incisivos, localizados no meio da boca, 4 na linha superior e 4 na linha inferior; estes dentes são maioritariamente utilizados para cortar.
  2. Caninos: temos 4 dentes caninos, que são os dentes pontiagudos localizados ao lado dos dentes incisivos. Temos 2 em cima e 2 em baixo e são utilizados principalmente para rasgar alimentos ou algum tipo de objeto.
  3. Pré-molares: temos 8 dentes pré-molares, localizados entre os dentes caninos e os dentes molares. Com 4 na linha superior e 4 na linha inferior; estes dentes são geralmente utilizados para triturar os alimentos.
  4. Molares: temos 8 dentes molares, localizados no fundo da boca, sendo que 4 localizam-se em cima e 4 em baixo. Bastante lisos, são utilizados para triturar e mastigar os alimentos.
  5. Sisos: por norma, são 4 os dentes do siso, mas nem todas as pessoas os têm ou então não têm os quatro. Também conhecidos como os terceiros molares, são os últimos a nascer e geralmente estes dentes são extraídos, para que não perturbam o alinhamento dos restantes dentes e maxilares. Os dentes do siso não têm, no fundo, qualquer função relevante na boca.
Fonte: http://gengiva.com/artigos/5-tipos-de-dentes-e-suas-funcoes